Aluísio Azevedo


1º) (ITA 2016) Acerca das personagens femininas de O cortiço, de Aluísio Azevedo, podemos dizer que

A ( ) Rita Baiana seduz Jerônimo somente para vingar-se de Firmo, seu amante.
B ( ) Pombinha, aos domingos, escreve as cartas ditadas pelos moradores do cortiço.
C ( ) Estela não ama Miranda, mas é fiel a ele, ainda que por mera conveniência.
D ( ) Bertoleza dedica, até o final do romance, um amor platônico a João Romão.
E ( ) Leónie, que não mora no cortiço, se sustenta sozinha, trabalhando como lojista.

2º) (UFRGS 2016) Sobre o romance O cortiço , de Aluísio Azevedo, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.

( ) No início do romance, está o vendeiro português João Romão que, com força de trabalho e boa dose de oportunismo, constrói o cortiço, seu primeiro caminho para a ascensão social.

( ) No romance, a ex-escrava Bertoleza é a companheira de João Romão, por ele tratada com respeito, o que dá mostras do tom conciliatório do livro, que trata a escravidão como problema resolvido.

( ) No sobrado contíguo ao cortiço de João Romão, vivem Miranda, Dona Estela e a filha Zulmirinha, família financeiramente confortável, que cria sinceros vínculos de amizade com João Romão e Bertoleza.

( ) No romance, Dona Estela, sempre descrita pelo narrador como uma dama séria e decorosa, sofre com as constantes traições de seu marido Miranda.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) V – F – V – F.
(B) F – V – F – V.
(C) V – F – F – F.
(D) F – F – V – V.
(E) V – V – F – V.








3º) (ENEM 2014)

O mulato

         Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara não ser mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir.

       Uma só palavra boiava à superfície dos seus  pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias.

             — Mulato!

         Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famílias a quem visitara; as reticências dos que lhe falavam de seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presença, discutiam questões de raça e de sangue.
AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento).


        O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo, vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois

A)  relaciona a posição social a padrões de comportamento e à condição de raça.
B) apresenta os homens e as mulheres melhores do que eram no século XIX.
C) mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de saberes entre homens e mulheres.
D) ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de ascender socialmente.
E) crítica a educação oferecida às mulheres e os maus-tratos dispensados aos negros.


















GABARITO 
  1. B
  2. C
  3. A







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